Tommy Hilfiger, Gigi Hadid e as modelos no desfile em Los Angeles (Foto: Getty Images)
Bem mais do que um desfile, uma experiência. Foi assim a apresentação do verão 2017 de Tommy Hilfiger, em Los Angeles, na Califórnia, na quarta-feira, 08.02. O americano levou mais de 3 mil fashionistas do mundo todo para a cidade para conferir de perto as peças da coleção de verão 2017 de sua grife própria, fundada há quase 32 anos, e a segunda parte da parceria com a modelo Gigi Hadid.
Tommy Hilfiger (Foto: Reprodução/Instagram)
As roupas inspiradas no lifestyle das Cali Girls e disponíveis para compras simultaneamente ao show foram só a cereja do bolo do espetáculo armado na Tommy Land, como foi batizado o parque de diversão montado no coração de Venice beach. A equação para o desfile-espetáculo contou com um timaço de tops na passarela (além da própria Gigi, Bella Hadid, Joan Smalls, Stella Maxwell, Romee Strijd e Sara Sampaio estavam no casting – todas, aliás, viajaram de Nova York para LA em um jatinho fretado pela grife com direito a assentos customizados), celebridades e influenciadoras na primeira fila (pense em Lady Gaga, Kaia Geber, Bar Refaeli, Golden Barbie, além das brasileiras Helena Bordon e Julia Faria), um cenário extraordinário (o parque de diversão de Tommy tinha Kamikaze, um espaço artsy de grafite, garotas andando de patins, outras em pernas de pau, barraquinhas de pipoca e sanduíche e lojinha para quem quisesse comprar ali mesmo os looks da passarela), um show de encerramento com uma cantora mundialmente conhecida (no caso, Fergie, que cantou seus maiores hits devidamente vestida com as peças da grife) e manifestação política (um protesto contra Donald Trumpt aconteceu, discretamente, na passarela: as modelos usaram bandanas brancas no pulso na ação batizada de Tied Together, criada pelo Business of Fashion para movimentar a indústria da moda em solidariedade a imigrantes e minorias). Foi uma experiência.
Tommy Hilfiger (Foto: Reprodução/Instagram)
“O mundo mudou, vivemos em um período no qual a cultura pop e de celebridades é muito forte. A nova geração é conectada, está nas mídias sociais e compra tudo online. As clientes hoje em dia não querem um desfile apenas: querem imediatismo de compra [“see now, buy now”], experiência, diversão e entretenimento”, comentou Tommy que, após o desfile-espetáculo, recebeu a Vogue Brasil em seu hotel em Santa Monica para uma entrevista exclusiva.
O estilista falou sobre sucesso da parceria com Gigi Hadid (e adiantou em primeira mão que uma terceira coleção vem aí!), o segredo para fazer um desfile no formato “see now, buy now”, a evolução da indústria fashion desde que fundou sua marca há mais de 30 anos, os rumos do consumo de moda e mais. Confira a entrevista na íntegra a seguir.
Gigi Hadid e Tommy Hilfiger (Foto: Divulgação Tommy Hilfiger)
Para este desfile, você trouxe todo seu time de Nova York para Los Angeles, montou um cenário incrível, reuniu um casting estrelado, uma primeira fila bombástica… Conta um pouco sobre essa experiência:
A ideia era retornar à casa da Gigi Hadid e destas garotas de praia da Califórnia que nos inspiraram na criação da coleção. Elas são cool, sporty, casual, um pouco western, um pouco rock’n roll… Elas refletem a vibe que o mundo é hoje. Não poderíamos fazer este desfile se não em Los Angeles. E, claro, mais uma vez fizemos isso de forma com que as consumidoras pudessem comprar as peças no mesmo momento em que a vissem na passarela. O mundo mudou e hoje em dia um desfile precisar ter qualidade no imediatismo das compras (“see now, buy now”), emoção, diversão e um elemento de surpresa e/ou de perturbação em torno dele.
Já é possível ter um retorno de vendas menos de 24 horas após o desfile?
Comecei a ver o feed back e ficamos impressionados: alguns itens do desfile ficaram sold-out poucas horas após aparecerem na passarela. E tivemos mais 2 bilhões de posts nas redes sociais.
Anteriormente você comentou que a parceria com a Gigi Hadid teria a duração de um ano. Esta foi a última coleção criada com a top ?
Não. Estamos planejando mais uma, porque a parceria está sendo incrível. Conheço a Gigi desde que ela era novinha. Ela tem carisma, é cool, é antenada, tem personalidade e sabe onde quer chegar. Ela representa o que as garotas de hoje querem e são. É impressionante o retorno em vendas de tudo o que Gigi veste: assim que ela aparece vestindo algo, as peças ficam sold-out.
Parceria Tommy Hilfiger e Gigi Hadid (Foto: Reprodução)
Você é um dos pioneiros em apostar no desfile de fato no formato “see now, buy now”. Qual o segredo do sucesso ?
Nós ouvimos o consumidor e entendemos que [o que] eles estão exigindo é gratificação instantânea e experiências. A nova geração está nas redes sociais, ela compra em aplicativos de celular, ela quer um prazer imediato de compra. Ao ver uma peça no desfile, as consumidores querem comprá-las e usá-las na mesma noite. É preciso também oferecer entretenimento para as consumidoras. Quantos desfiles você não assiste em que a modelo só anda e anda… É chato, não é? Agora, quando você traz celebridades e transforma o desfile em uma experiência tudo fica diferente e fascinante. É preciso entrar no jogo. É a cultura pop que domina os dias de hoje.
Este novo “timing” do consumo afetou de alguma maneira do processo criativo das peças?
Tivemos que nos readaptar a este novo cenário e agilizar alguns processos para recriar o nosso calendário.Tivemos que ter uma sincronização intensa em todos os aspectos diferentes do nosso negócio, mas fizemos isso de maneira que não prejudicasse a qualidade dos nossos produtos ao mesmo tempo que eles precisavam ser acessíveis. É de fato um desfile fast fashion, mas um fast fashion com design criado diretamente para o nosso perfil de consumidoras.
Você fundou sua marca há quase 32 ano. O que mudou na indústria de lá para cá?
A competitividade aumentou drasticamente e atualmente nós temos tecnologia. Tudo mundou: vimos a entrada dos e-commerces, dos aplicativos de celular, do Facebook, Snapchat, Twitter, Instagram… Atualmente as celebridades são personagens fundamentais para estimular as vendas. Gigi Hadid, por exemplo, não é apenas uma modelo, ela é uma celebridade, com milhões de seguidores nas redes sociais. Ela tem fã-clubes enormes, alguns deles chegam a ser maiores do que alguns países. E todos eles querem se parecer com ela, querem vestir o que ela veste.
Na sua opinião qual é o futuro do consumo da moda?
Este imediatismo é o futuro. Nós temos uma equipe de mais de 40 pessoas trabalhando em torno dos desejos das consumidoras. Conseguimos ver o que as clientes realmente querem, o que nos garante um maior sucesso de venda das peças. Buscamos nos adaptar às novas demandas, às redes sociais. Queremos ser pioneiros nas formas de consumos ligadas a tecnologia, temos aplicativos de compras, e-commerce em todo o mundo… Acredito que se você fica para trás nesse sentido, retomar ao mercado e a competividade ficará muito mais difícil.
Tommy Hilfiger (Foto: Getty Images for Tommy Hilfiger)
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