Confira um novo approach para sua alimentação (Foto: Thinkstock)
Dieta nenhuma funciona. Esta não é uma frase sensacionalista pra te manter interessada na matéria. É a única conclusão possível diante do dado que o respeitado médico americano Joel Fuhfman apresenta em seu mais recente livro, The End of Dieting: 98% das pessoas que fazem dieta voltam a engordar! Isso mesmo, 98%. Ou seja, as dietas da moda, da conta de calorias à Dukan, até são eficientes pra emagrecer a curto prazo, mas falham miseravelmente na manutenção do peso.
Antes que você sente e chore, fique sabendo que Joel oferece uma luz no fim do túnel em seu best-seller (ainda não disponível aqui). Ele apresenta uma “não dieta”, focada muito mais na qualidade do que se come do que na quantidade de calorias ou proteínas. Um plano alimentar polêmico, com os dois pés no vegano, porém eficiente pra livrar qualquer um do efeito sanfona para o resto da vida. Vamos a ele.
PASSO 1: FOQUE EM NUTRIENTES
O inovador do livro é propor que se contem nutrientes em vez de calorias. Parece estranho à primeira vista, mas faz sentido: o valor energético dos alimentos vem de carboidratos, gorduras e proteínas; já os nutrientes vêm de fatores não calóricos, como vitaminas, minerais e fibras. Acontece que os alimentos mais nutritivos tendem a ser vegetais, sementes, oleaginosas, frutas e grãos – que são também os menos calóricos! Deu pra entender como se forma essa relação entre nutrientes e calorias? “Quando a quantidade de nutrientes ingerida se sobrepõe à de calorias, a gordura derrete, e a saúde como um todo melhora”, completa a nutricionista Andrea Santa Rosa, confirmando a tese do Joel.
PASSO 2: ACABE COM A FOME TÓXICA
O autor abomina alimentos industrializados – segundo ele, os causadores da chamada fome tóxica, uma sensação de insaciedade que aparece logo depois da refeição e que estimula a compulsão. Esse processo acontece porque o organismo é “enganado” pelas toxinas do industrializado e dispara o alarme da fome assim que começa a metabolizá-las. “Além disso, os conservantes, aditivos químicos e o sódio presentes nesses alimentos aumentam a pressão arterial, a carga tóxica no sangue e provocam inflamações que retardam o metabolismo”, acrescenta Andrea.
PASSO 3: CORTE A PROTEÍNA ANIMAL
Aqui entra o lado vegano da coisa: Joel defende a quase abolição da proteína animal (ela pode ocupar até 5% do cardápio). “Impossível ignorar a quantidade de pesquisas
que associam produtos animais como carne e peixe ao câncer e a doenças do coração”, afirma o autor. E completa: “Ao consumirmos derivados animais [isso vale pra ovo, leite e iogurte também], estimulamos o nosso organismo a produzir uma espécie de insulina do crescimento, desnecessária na fase adulta, que ajuda na proliferação de células cancerígenas no futuro, o que não ocorre com a proteína vegetal”. Que medo de faltar proteína, né? Bem, Joel garante que é possível suprir suas necessidades – que variam de 60g a 120g de proteína/ dia – com fontes vegetais variadas [veja as melhores na tabela ao lado].
PASSO 4: PENSE NO ÍNDICE GLICÊMICO
Agora é hora de reanimar o metabolismo, que fica desacelerado depois de várias dietas restritivas. “Fuja de alimentos à base de farinha de trigo, batata e açúcar”, recomenda a nutricionista Paula Gandin. “Por ter absorção rápida no organismo – o chamado alto índice glicêmico –, causam picos de insulina, que aumentam a fome e fazem o corpo metabolizar o alimento em forma de gordura.” Mas, se você chegar até esse ponto, amiga, talvez não haja mais excesso de gordura pra contar história!