A União Europeia retirou a exigência de um roteiro formal para acabar com os combustíveis fósseis no texto final da COP30, mas insiste em manter ao menos uma referência ao compromisso assumido em Dubai, que prevê a redução progressiva dessas fontes de energia. Países que se opõem ao tema rejeitam até mesmo essa menção mínima.
Segundo a ministra do Meio Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, os 27 países da UE apresentaram três propostas de alteração ao documento divulgado nesta sexta pela presidência brasileira da conferência do clima, em Belém.
O primeiro ponto reconhece o quanto ainda falta ser feito para limitar o aquecimento global a 1,5 ºC em relação ao período pré-industrial.
O segundo resgata o acordo da COP28 sobre a transição progressiva para longe dos combustíveis fósseis, sem citar qualquer roteiro detalhado, como defendido por Lula e por mais de 80 países ao longo da COP30.
O terceiro propõe que a comunidade internacional faça “todos os esforços possíveis” para triplicar o financiamento destinado à adaptação climática dos países emergentes e em desenvolvimento.
Mesmo assim, disse a ministra, os três pontos estão sendo rejeitados pelos países que negociam do lado oposto. Após uma reunião entre a UE e o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, ele afirmou que tentará buscar um consenso, mas reconheceu que dificilmente todas as demandas europeias serão incorporadas ao texto final.
Maria da Graça Carvalho declarou que, se os três itens forem aceitos, o acordo será positivo. Ela também relatou que Corrêa do Lago informou que somente a União Europeia ainda não aprovou o texto do “Mutirão Global”, divulgado pela presidência brasileira pela manhã. Delegações africanas, sul-americanas e de pequenos Estados insulares, segundo ele, já sinalizaram concordância.
Ao longo da sexta-feira, a conferência ficou dividida entre países favoráveis e contrários ao roteiro para eliminar combustíveis fósseis. A proposta chegou a integrar a primeira versão do texto negociado na terça-feira, mas caiu nas revisões subsequentes. A essa altura, apenas a UE ainda defendia sua inclusão.
A COP30 entrou oficialmente em prolongamento na tarde de sexta-feira, após duas semanas de negociações sem resultado, e não há previsão de encerramento. Mais cedo, o comissário europeu para o Clima, Wopke Hoekstra, chegou a admitir que poderia deixar Belém sem acordo.
A nova proposta divulgada pela presidência brasileira não menciona qualquer compromisso relacionado ao fim dos combustíveis fósseis, contrariando o discurso de Lula na abertura da conferência e a posição de mais de 80 nações.
De um lado estão União Europeia, Reino Unido, vários países latino-americanos e os pequenos Estados insulares. Do outro, o bloco árabe liderado pela Arábia Saudita, além de Rússia, Índia e China. Estes últimos rejeitam não apenas um roteiro de eliminação dos combustíveis fósseis, mas até a ideia de reduzir emissões de gases de efeito estufa, compromisso firmado desde o Acordo de Paris, há uma década.
A União Europeia retirou a exigência de um roteiro formal para acabar com os combustíveis fósseis no texto final da COP30, mas insiste em manter ao menos uma referência ao compromisso assumido em Dubai, que prevê a redução progressiva dessas fontes de energia. Países que se opõem ao tema rejeitam até mesmo essa menção mínima.
Segundo a ministra do Meio Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, os 27 países da UE apresentaram três propostas de alteração ao documento divulgado nesta sexta pela presidência brasileira da conferência do clima, em Belém.
O primeiro ponto reconhece o quanto ainda falta ser feito para limitar o aquecimento global a 1,5 ºC em relação ao período pré-industrial.
O segundo resgata o acordo da COP28 sobre a transição progressiva para longe dos combustíveis fósseis, sem citar qualquer roteiro detalhado, como defendido por Lula e por mais de 80 países ao longo da COP30.
O terceiro propõe que a comunidade internacional faça “todos os esforços possíveis” para triplicar o financiamento destinado à adaptação climática dos países emergentes e em desenvolvimento.
Mesmo assim, disse a ministra, os três pontos estão sendo rejeitados pelos países que negociam do lado oposto. Após uma reunião entre a UE e o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, ele afirmou que tentará buscar um consenso, mas reconheceu que dificilmente todas as demandas europeias serão incorporadas ao texto final.
Maria da Graça Carvalho declarou que, se os três itens forem aceitos, o acordo será positivo. Ela também relatou que Corrêa do Lago informou que somente a União Europeia ainda não aprovou o texto do “Mutirão Global”, divulgado pela presidência brasileira pela manhã. Delegações africanas, sul-americanas e de pequenos Estados insulares, segundo ele, já sinalizaram concordância.
Ao longo da sexta-feira, a conferência ficou dividida entre países favoráveis e contrários ao roteiro para eliminar combustíveis fósseis. A proposta chegou a integrar a primeira versão do texto negociado na terça-feira, mas caiu nas revisões subsequentes. A essa altura, apenas a UE ainda defendia sua inclusão.
A COP30 entrou oficialmente em prolongamento na tarde de sexta-feira, após duas semanas de negociações sem resultado, e não há previsão de encerramento. Mais cedo, o comissário europeu para o Clima, Wopke Hoekstra, chegou a admitir que poderia deixar Belém sem acordo.
A nova proposta divulgada pela presidência brasileira não menciona qualquer compromisso relacionado ao fim dos combustíveis fósseis, contrariando o discurso de Lula na abertura da conferência e a posição de mais de 80 nações.
De um lado estão União Europeia, Reino Unido, vários países latino-americanos e os pequenos Estados insulares. Do outro, o bloco árabe liderado pela Arábia Saudita, além de Rússia, Índia e China. Estes últimos rejeitam não apenas um roteiro de eliminação dos combustíveis fósseis, mas até a ideia de reduzir emissões de gases de efeito estufa, compromisso firmado desde o Acordo de Paris, há uma década.














