RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Justiça de São Paulo manteve a prisão do influenciador João Paulo Manoel, conhecido como Capitão Hunter, 45, suspeito de estupro de vulnerável e produção de conteúdo pornográfico infantil. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (23) durante audiência de custódia.
Segundo o Tribunal de Justiça paulista, não foram identificadas irregularidades no cumprimento do mandado, e o influenciador seguirá preso.
De acordo com a polícia, Hunter negou as acusações ao ser preso e afirmou aos agentes que não era “um monstro”. Na delegacia, o influenciador não quis se manifestar, segundo os investigadores.
A Folha de S.Paulo não conseguiu contato com a defesa do suspeito.
Ele foi detido na manhã de quarta-feira (22) em Santo André, na Grande SP, por agentes da DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, com apoio da corporação paulista.
Após a prisão, o delegado Cristiano Maia, da DCAV, solicitou a exclusão de todas as contas e perfis do youtuber nas redes sociais. Ao buscar pelos perfis do influenciador nesta quinta, a reportagem encontrou a mensagem “sistema em atualização” no site oficial. A conta no Instagram estava fora do ar, mas o perfil no TikTok continuava até o momento.
A investigação começou em setembro do ano passado, após a denúncia de uma mãe que identificou trocas de mensagens entre o youtuber e sua filha, hoje com 13 anos. Segundo a polícia, os contatos começaram há dois anos, quando a menina tinha 11, e se intensificaram após um encontro entre os dois em um evento em um shopping do Rio de Janeiro.
Ainda de acordo com a investigação, o influenciador usava o status de ídolo para manipular a vítima. “Ele a constrangia mediante promessa de cartinhas de Pokémon ou algum brinquedo, para que a vítima mostrasse partes íntimas. Ele mostrava as dele em videochamadas”, disse a delegada Maria Luiza Machado, da DCAV.
A polícia afirmou também que Hunter duvidava da idade da menina mesmo após ela dizer repetidamente ter 13 anos. Segundo a delegada, o influenciador a envolvia emocionalmente. “Ele dizia: ‘você é minha melhor amiga, é a pessoa em quem mais confio’.”
A polícia também apura se o influenciador aliciou outras vítimas. Uma das conversas obtidas mostra que ele teria enviado à adolescente a foto de outra menina, como forma de convencê-la a produzir novas imagens íntimas.
Além da prisão, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão. Os aparelhos eletrônicos recolhidos foram encaminhados para perícia no Instituto de Criminalística Carlos Éboli, no Rio de Janeiro.
Conhecido no universo geek e gamer, Hunter tem mais de 1 milhão de seguidores nas redes, sendo 700 mil apenas no YouTube. Ele produz conteúdo voltado ao público infantil, principalmente sobre a franquia Pokémon, e participa de eventos, feiras e campeonatos no Brasil e no exterior. O influenciador também mantém uma loja e uma banda chamada HunterRocks, com músicas disponíveis em plataformas de streaming.
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Justiça de São Paulo manteve a prisão do influenciador João Paulo Manoel, conhecido como Capitão Hunter, 45, suspeito de estupro de vulnerável e produção de conteúdo pornográfico infantil. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (23) durante audiência de custódia.
Segundo o Tribunal de Justiça paulista, não foram identificadas irregularidades no cumprimento do mandado, e o influenciador seguirá preso.
De acordo com a polícia, Hunter negou as acusações ao ser preso e afirmou aos agentes que não era “um monstro”. Na delegacia, o influenciador não quis se manifestar, segundo os investigadores.
A Folha de S.Paulo não conseguiu contato com a defesa do suspeito.
Ele foi detido na manhã de quarta-feira (22) em Santo André, na Grande SP, por agentes da DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, com apoio da corporação paulista.
Após a prisão, o delegado Cristiano Maia, da DCAV, solicitou a exclusão de todas as contas e perfis do youtuber nas redes sociais. Ao buscar pelos perfis do influenciador nesta quinta, a reportagem encontrou a mensagem “sistema em atualização” no site oficial. A conta no Instagram estava fora do ar, mas o perfil no TikTok continuava até o momento.
A investigação começou em setembro do ano passado, após a denúncia de uma mãe que identificou trocas de mensagens entre o youtuber e sua filha, hoje com 13 anos. Segundo a polícia, os contatos começaram há dois anos, quando a menina tinha 11, e se intensificaram após um encontro entre os dois em um evento em um shopping do Rio de Janeiro.
Ainda de acordo com a investigação, o influenciador usava o status de ídolo para manipular a vítima. “Ele a constrangia mediante promessa de cartinhas de Pokémon ou algum brinquedo, para que a vítima mostrasse partes íntimas. Ele mostrava as dele em videochamadas”, disse a delegada Maria Luiza Machado, da DCAV.
A polícia afirmou também que Hunter duvidava da idade da menina mesmo após ela dizer repetidamente ter 13 anos. Segundo a delegada, o influenciador a envolvia emocionalmente. “Ele dizia: ‘você é minha melhor amiga, é a pessoa em quem mais confio’.”
A polícia também apura se o influenciador aliciou outras vítimas. Uma das conversas obtidas mostra que ele teria enviado à adolescente a foto de outra menina, como forma de convencê-la a produzir novas imagens íntimas.
Além da prisão, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão. Os aparelhos eletrônicos recolhidos foram encaminhados para perícia no Instituto de Criminalística Carlos Éboli, no Rio de Janeiro.
Conhecido no universo geek e gamer, Hunter tem mais de 1 milhão de seguidores nas redes, sendo 700 mil apenas no YouTube. Ele produz conteúdo voltado ao público infantil, principalmente sobre a franquia Pokémon, e participa de eventos, feiras e campeonatos no Brasil e no exterior. O influenciador também mantém uma loja e uma banda chamada HunterRocks, com músicas disponíveis em plataformas de streaming.












